Lisboa, 29 de Maio de 1976 – A história do sufrágio feminino em Portugal é marcada por uma luta árdua e persistente. Desde as primeiras reivindicações no final do século XIX, até a conquista definitiva do direito de voto em 1976, as mulheres portuguesas enfrentaram resistência e oposição, mas nunca desistiram do seu objetivo.
Pioneiras e Sufragistas:
Em 1911, Carolina Beatriz Ângelo aproveitou uma brecha na lei e tornou-se a primeira mulher a votar em Portugal. Apesar do simbolismo desse ato, o voto feminino ainda não estava legalmente estabelecido.
Ao longo das décadas seguintes, diversas mulheres lutaram pelos seus direitos políticos. Em 1931, a Ditadura Militar concedeu o voto às mulheres com o nível de instrução primária, mas apenas para eleições autárquicas.
A Revolução de 25 de Abril e a Consagração do Sufrágio Universal:
A Revolução de 25 de Abril de 1974 representou um momento crucial na luta pelo sufrágio feminino. A reivindicação do voto universal era uma das bandeiras do movimento revolucionário.
Em 29 de Maio de 1976, a Assembleia Constituinte aprovou a Lei Fundamental, que finalmente consagrou o sufrágio universal em Portugal. As mulheres portuguesas conquistaram o direito de votar e serem votadas em todas as eleições, sem qualquer restrição.
Um Legado de Luta e Inspiração:
A conquista do direito de voto em Portugal representa um marco histórico fundamental. É o resultado da luta de mulheres corajosas e perseverantes que abriram caminho para as futuras gerações.
O sufrágio feminino não é apenas um direito, mas também um símbolo da igualdade entre homens e mulheres. As mulheres portuguesas continuam a lutar por uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos os cidadãos, independentemente do seu sexo, tenham voz e vez.
Este texto serve como um tributo à memória das mulheres que lutaram pelo sufrágio feminino em Portugal e como uma inspiração para as futuras gerações que continuarão a defender a igualdade e a justiça.