Comportamentos que prejudicam o desenvolvimento emocional e como substituí-los por hábitos mais saudáveis
Todo pai ou mãe deseja que os filhos cresçam confiantes, independentes e emocionalmente equilibrados. No entanto, mesmo com as melhores intenções, algumas atitudes podem prejudicar a autoestima das crianças sem que os responsáveis percebam. Pequenos gestos e palavras têm um impacto profundo na construção da autoconfiança dos filhos, influenciando seu comportamento na infância e, posteriormente, na vida adulta.
Segundo especialistas, crianças que crescem em um ambiente onde predominam críticas excessivas, comparações constantes e falta de validação emocional podem desenvolver inseguranças que as acompanham por toda a vida. Esse tipo de criação pode gerar dificuldades em se posicionar, medo de errar e até propensão a transtornos como ansiedade e depressão. No entanto, a boa notícia é que sempre há tempo para mudar padrões e fortalecer a relação com mais carinho e respeito.
Para ajudar os pais a identificarem atitudes prejudiciais e substituí-las por hábitos mais saudáveis, especialistas em psicologia e educação parental listaram seis comportamentos que impactam negativamente a autoestima infantil e o que fazer para evitá-los.
1. Ser muito crítico
Focar apenas nos erros das crianças sem reconhecer seus esforços pode gerar insegurança e medo de falhar. Quando a criança percebe que nunca está à altura das expectativas dos pais, pode desenvolver autossabotagem e uma sensação constante de fracasso.
✅ O que fazer no lugar?
Valorize o esforço da criança, independentemente do resultado final. Elogiar o empenho e o progresso fortalece a autoconfiança e ensina que errar faz parte do aprendizado.
❌ Não diga: “Você deveria ter feito melhor!”
✔️ Substitua por: “Você se dedicou bastante, estou orgulhoso do seu empenho!”
2. Comparar com outras crianças
Comparações frequentes fazem a criança se sentir inadequada e insuficiente, gerando uma procura constante por validação externa. Isso pode afetar sua autoestima e levá-la a acreditar que seu valor está condicionado ao desempenho dos outros.
✅ O que fazer no lugar?
Cada criança tem seu ritmo e habilidades. Em vez de comparar, valorize seu progresso individual e encoraje a autoconfiança.
❌ Não diga: “Seu primo já sabe ler e você ainda não?”
✔️ Substitua por: “Olha como você está evoluindo no seu tempo!”
3. Ser muito protetor
Evitar que a criança enfrente desafios pode parecer uma forma de proteção, mas impede o desenvolvimento da autonomia. Quando os pais resolvem tudo por ela, a criança pode crescer com medo de tomar decisões e precisar sempre de aprovação externa.
✅ O que fazer no lugar?
Dê suporte, mas permita que a criança tente resolver desafios sozinha, de acordo com sua idade. O erro faz parte do aprendizado e fortalece a autoconfiança.
❌ Não diga: “Deixa que eu faço!”
✔️ Substitua por: “Tente você primeiro. Se precisar de ajuda, estou aqui!”
4. Não demonstrar afeto e validação
A falta de carinho e reconhecimento pode fazer com que a criança acredite que não é digna de amor. Isso pode gerar carência emocional na vida adulta e dificuldades para estabelecer vínculos saudáveis.
✅ O que fazer no lugar?
Demonstre amor diariamente com palavras, gestos e reconhecimento das conquistas da criança, por menores que sejam.
❌ Não pense: “Ele já sabe que eu amo, não preciso dizer isso.”
✔️ Diga: “Eu amo muito você e tenho orgulho do seu esforço!”
5. Minimizar os sentimentos da criança
Dizer frases como “Isso é besteira” ou “Não foi nada” pode invalidar as emoções da criança, fazendo com que ela aprenda a reprimir seus sentimentos. No futuro, isso pode dificultar sua capacidade de expressar descontentamentos e lidar com emoções.
✅ O que fazer no lugar?
Ensine a criança a reconhecer e lidar com seus sentimentos, mostrando empatia e compreensão.
❌ Não diga: “Não tem motivo para chorar!”
✔️ Substitua por: “Eu entendo que você ficou triste. Quer me contar o que aconteceu?”
6. Usar apelidos ou rótulos negativos
Chamadas como “preguiçoso”, “desastrado” ou “chorão” podem parecer inofensivas, mas afetam a identidade da criança. Com o tempo, ela pode internalizar esses rótulos e limitar seu próprio potencial.
✅ O que fazer no lugar?
Evite rótulos negativos e, em vez disso, incentive a criança de forma positiva.
❌ Não diga: “Que preguiçoso!”
✔️ Substitua por: “Você consegue! Vamos juntos começar agora?”
Pequenas mudanças na forma de se comunicar e agir com as crianças podem transformar sua autoestima e prepará-las para enfrentar desafios com mais confiança. Criar um ambiente seguro e acolhedor, onde os filhos se sintam valorizados e respeitados, é um investimento para toda a vida. Afinal, crianças emocionalmente seguras tornam-se adultos mais felizes e resilientes.
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